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quarta-feira, agosto 23, 2006

MUDANÇA DE MORADA

Caros leitores e leitoras, depois de algum tempo de ponderação decidi mudar o endereço do meu blog para outro servidor, não porque o blogspot me tenha servido mal, mas porque o novo me permite um maior controlo sobre o aspecto gráfico e arrumação dos arquivos. O novo endereço é http://savageblue.wordpress.com

Espero que gostem do novo visual e aproveitem para comentar, o feedback é sempre bem-vindo. Já lá estão posts novos à vossa espera =)

Até breve!

sexta-feira, junho 30, 2006

Pink Floyd - PULSE - finalmente em DVD

Depois de vários anos de espera, os fãs dos britânicos Pink Floyd vão, finalmente, poder recordar a última tournée da banda (já foi em 1994...). Quem teve a sorte de os ver, sabe que a digressão de promoção ao álbum The Division Bell (o último de originais lançado pela banda nesse mesmo ano) trouxe aos grandes palcos um dos maiores espectáculos ao vivo daquela altura.
O concerto editado agora em DVD (depois de ter o seu lançamento adiado por várias vezes, devido à necessidade de correcções técnicas) foi gravado em Earls Court numa das 14 noites consecutivas em que os Floyd lá tocaram, um recorde absoluto.
Poderemos contar com os êxitos que toda a gente quer ver e ouvir e com o clássico Dark Side Of The Moon tocado na íntegra, divididos em 2 DVDs e cerca de 3 horas de concerto.
Os extras contêm imensas imagens inéditas e outro material dos arquivos da banda.
Mais não digo para não estragar a surpresa =)
Esperamos ansiosamente pelo dia 10 de Julho (já não falta assim tanto), dia em que sairá para a rua esta pérola.
Vamos ver se, à semelhança do álbum ao vivo, esta caixa também traz a luzinha vermelha a piscar...

quinta-feira, junho 22, 2006

Whitesnake Live In The Still Of The Night


14 de Junho de 2006, cerca das 20 horas. A fila para entrar no Coliseu dos Recreios estende-se já por algumas dezenas de metros. 20 minutos depois, abrem-se as portas do recinto. A entrada faz-se sem problemas e conseguimos arranjar um lugar mesmo de frente para o palco. O público vai entrando e a plateia e bancadas vão-se compondo, ao som ambiente de várias músicas de hard-rock com alguns nomes conhecidos.
Após uma espera de cerca de uma hora, as luzes apagam-se e ouvem-se os aplausos do público espectante. Começamos a ouvir um som de sintetizador em crescendo... mas não, não são ainda os Whitesnake. Para surpresa de alguns, o concerto tem primeira parte e esta fica a cargo dos portugueses Faithfull, que têm assim a sua segunda participação como banda de apoio aos Whitesnake no espaço de 2 anos. Cerca de 40 minutos de actuação bem sucedida (à excepção de um pequeno deslize do guitarrista, mas nada de grave) confirmaram a qualidade da banda ao vivo, que já tinha sido testemunhada por quem viu o concerto de 2004 no Pavilhão Atlântico.
Voltam a acender-se as luzes do Coliseu e é altura de pôr a descoberto o material da banda cabeça de cartaz. Afinações finais dos instrumentos, últimos retoques, tudo com o som, novamente, de várias músicas rock, entre as quais, curiosamente, uma de David Coverdale a solo (um pouco de auto-promoção não faz mal nenhum).
O Coliseu volta a ficar às escuras... começam a ouvir-se os primeiros sons do teclado... o público vibra... "HERE'S A SONG FOR YA" grita David Coverdale e o mote está dado para o início de mais um grandioso concerto. O início é simplesmente avassalador, não havendo pausa da primeira para a segunda música. Só depois disso David Coverdale se dirige com mais cuidado ao público caloroso e pede a sua ajuda para o ajudar a cantar os primeiros versos de Love Ain't No Stranger. Diga-se de passagem que a interacção entre Coverdale e o público foi uma constante ao longo do concerto, o que lhe deu um ambiente espectacular.
Tentando resumir aquilo que só quem lá esteve poderá compreender verdadeiramente, o que é certo é que o calor que se fez sentir não impediu ninguém de viver intensamente o espectáculo e cantar com a banda os seus êxitos mais conhecidos, entre eles os inevitáveis Is This Love e Here I Go Again. O poderoso Crying In The Rain deu oportunidade ao baterista Tommy Aldridge para brilhar com o seu solo de bateria de mais de 5 minutos, metade dos quais tocados apenas com as mãos, já que as baquetas tinham sido atiradas para o público a meio do solo.
Solos de guitarra nos entretantos e chegávamos a Ain't No Love In The Heart Of The City, a balada que proporcionou o momento mais tranquilo de todo o concerto, mas nem por isso o menos entusiasmante, com o público, mais uma vez, a cantar grande parte da música.
Aproximávamo-nos do final do espectáculo a passos largos e a banda sai de palco. Ouvem-se as habituais aclamações e, passados poucos minutos, regressam os músicos com o rugido da guitarra que abre o obrigatório Still Of The Night, um dos maiores hinos do hard-rock dos anos 80. Acaba a música, David Coverdale despede-se do público, sugerindo "don't ever let anyone make you affraid" e grita com toda a força da sua voz os últimos "still of the night, still of the night, still of the night". Chega assim ao fim mais uma grandioso concerto... ou talvez não.
O público pede mais, e a banda corresponde com mais duas músicas.
Mais não se pode pedir. Entre grande parte dos seus maiores êxitos e uma ou outra música dos Deep Purple, os Whitesnake ofereceram aquilo que, certamente, o público esperava. É a prova de que os "cotas" ainda sabem o que fazem e têm muito para ensinar. Até à próxima...
Site oficial: http://www.whitesnake.com

segunda-feira, junho 12, 2006

Álbuns de topo • Asia - Aria


1994 deu a conhecer ao mundo o segundo álbum da chamada segunda Era dos Asia.
A banda de Heat of the Moment, um dos grandes êxitos da década de 80, fora formada por grandes nomes pertencentes a bandas do prog-rock dos seventies, tendo juntado Steve Howe (guitarra), Carl Palmer (bateria), John Wetton (voz e baixo) e Geoffrey Downes (teclas).
No início dos anos 90, após três álbuns de estúdio e um ao vivo com relativo sucesso, a banda fragmenta-se, saindo John Wetton que seria então substituído por John Payne na voz e baixo. Palmer e Howe participam ainda no álbum Aqua mas, neste seu sucessor, são Al Pitrelli (mais tarde guitarrista dos Megadeth, entre 2000 e 2002, e que tocou com muitos outros grupos conhecidos) e o baterista Michael Sturgis (que tinha entrado como convidado em Aqua) quem toma conta das hostes.
Talvez por influência de Pitrelli, talvez pela saída de Howe (ou talvez pelas duas coisas), o que é certo é que Aria tem um som a puxar muito mais para o tradicional hard-rock que para o rock-progressivo a que os Asia nos tinham habituado. Mas não é por isso que deixa de ser um excelente álbum. Não confundamos a mudança de estilo com perda de qualidade. Muito pelo contrário, o que vemos é que o hard-rock, quando ajudado por influências progressistas, cria grandes obras, como é o caso. Aliás, o álbum peca apenas por ser, eventualmente, um tudo-nada pequeno (mais uma ou duas músicas e seria perfeito). No entanto, para o estilo de música que é, muito mais que os seus 50 minutos tornar-se-ia excessivo e comprometeria o equilíbrio do álbum. E falando de equilíbrio, é este um dos pontos fortes de Aria.
Apesar de os primeiros segundos de Anytime darem um início relativamente suave ao disco, a música depressa ganha força e ritmo, o que se pode atribuir à voz de Payne e à batida forte de Sturgis. Depois de Are You Big Enough?, que mantém a batida num compasso forte, e da grandiosidade de Desire (com um grande solo de guitarra), o ritmo suaviza um pouco com a semi-balada Summer, sendo esta talvez a música mais simples de todo o álbum. Sad Situation, com uns coros de uma harmonia sublime, e Don’t Cut The Wire (Brother) trazem-nos de volta os ritmos mais fortes e acelerados.
E eis que chegamos à peça central e um dos pontos mais altos do disco: Feels Like Love. É, simplesmente, uma das baladas mais poderosas que já ouvi. O início não deixa antever o que aí vem. O que a princípio parece ser apenas mais um típico slow de rock revela-se uma música verdadeiramente bombástica, com uma construção fenomenal e com a voz de John Payne no seu mais alto nível. É, sem dúvida, uma das melhores desta Era dos Asia.
Depois de ficarmos completamente sem palavras perante Feels Like Love, Remembrance Day não nos deixa recuperar o fôlego. É a música mais pesada do álbum e, porventura, aquela em que Al Pitrelli mais dá um ar da sua graça. Seguem-se Enough’s Enough e Military Man: ambas retomam um compasso mais mediano, semelhante aos das primeiras músicas, e são as faixas em que o trabalho de Geoff Downes é mais notado, sendo que o início de Military Man lembra muito as músicas da primeira fase dos Asia. Para terminar o álbum, nada melhor que o épico Aria, com os seus sons orquestrais e em que, mais uma vez, a voz de Payne se mostra com toda a sua força.
Resta dizer que, apesar de passar despercebido durante grande parte do álbum, quando ouvido com mais atenção, nota-se que o trabalho de Downes tem mais relevância do que ao início parece. E, apesar da saída dos membros originais, a voz muito característica de John Wetton teve um substituto à altura através de John Payne, possivelmente o vocalista com uma das vozes mais fortes do rock actual.
Finalizando, temos um álbum em que se nota toda a qualidade dos grandes músicos que nele participaram, em que o contributo de cada um faz a diferença, não havendo, no entanto, predominância de nenhum deles sobre os outros, o que resulta num conjunto de músicas extremamente harmonioso da primeira à última.

domingo, abril 23, 2006

Álbuns de topo • Marillion - Misplaced Childhood


Do you remember chalk hearts melting on a playground wall?
Do you remember dawn escapes from moon washed college halls?
Do you remember the cherry blossom in the market square?
Do you remember I thought it was confetti in our hair?

Com estes versos começa uma das músicas mais tocadas dos anos 80. Estou a falar de Kayleigh, o single mais conhecido dos Marillion, presente em Misplaced Childhood. Estávamos em 1985 quando esta banda de rock progressivo, com as suas influências em bandas como os Genesis, entre outros, lançou o seu terceiro álbum, de onde sairia, para além do já referido Kayleigh, o tema Lavender. Se nos álbuns anteriores vinhamos sendo habituados a uma combinação entre algumas músicas com uma duração "normal" de 3-5 minutos e outras para cima de 8 minutos (sem dúvida, aquelas em que a faceta progressiva era mais patente), sem qualquer relação entre si a nível musica, em Misplaced Childhood temos cerca de 45 minutos que poderiam ser divididos, sem dificuldade, em apenas 3 músicas. Porquê? Porque no álbum todo temos apenas 3 momentos de interrupção na música. De resto, as 12 faixas estão ficam ligadas de tal forma que, por vezes, mal notamos a passagem de umas para outras.
Quem conhece esta primeira era dos Marillion está, certamente, familiarizado com as letras do vocalista Fish (Derek William Dick, de seu nome verdadeiro). Em Misplaced Childhood temos uma vez mais a complicada, porém espantosa, poesia de Derek em acção. Os jogos de palavras, o uso de termos mais complicados, as referências, por vezes eruditas, a elementos que só conseguimos entender com uma pesquisa algo detalhada, e a crítica social têm uma forte presença neste álbum, à semelhança do que acontecia em algumas músicas dos álbuns anteriores.
Com esta terceira entrada no seu catálogo, os Marillion conseguiram, por um lado, uma maior atenção por parte das rádios (devido a Kayleigh) e, por outro, uma das suas melhores obras conceptuais. Não sendo, se calhar, um álbum que entre à primeira, para pessoas menos habituadas a este tipo de música, merece sem dúvida ser ouvido mais que uma vez para poder ser apreciado na sua totalidade.

quinta-feira, abril 13, 2006

Álbuns de topo • Queensrÿche - Operation: Mindcrime/Livecrime


Estávamos no ano de 1988 e o panorama musical dentro do hard-rock e do metal começava a cair um pouco na monotonia, com dezenas e dezenas de bandas a repetirem a mesma receita uma e outra vez, salvo raras excepções. E os Queensrÿche foram, precisamente, uma dessas excepções. Depois de um EP e dois álbuns que, aos poucos, os foram ajudando a deixar a sua marca, Operation: Mindcrime catapultou definitivamente a banda para um lugar de destaque no meio. Esta Ópera-rock com uma forte componente de crítica social foi bastante aclamada, tanto pela crítica como pelo público em geral, tendo marcado o ponto de assentamento do estilo próprio do grupo.
O álbum conta-nos a história de Nikki, um jovem com o vício e dependência das drogas que quer fazer alguma coisa para mudar a sociedade, mas que acaba por se ver envolvido num plano criminoso, elaborado pelo maléfico Dr. X, que se aproveita da sua toxicodependência para o controlar. A relação entre o conteúdo musical e o textual resulta em quase uma hora de “filme” em que somos mesmo levados para dentro da acção, tal é o ambiente causado pelas músicas. É difícil destacar momentos melhores ou piores, uma vez que se trata de um álbum para ouvir sem interrupções, de modo a seguir todo o enredo; mas podem ser referidos os singles Revolution Calling, I Don’t Believe In Love, Eyes Of a Stranger e o épico Suite Sister Mary, com os seus 10 minutos de duração em que o hard-rock e os cânticos góticos se unem.
Porquê a referência a Operation: Livecrime? Muito simplesmente porque a seguir a um grande álbum os Queensrÿche levaram para a estrada um grande concerto. Em Livecrime, a banda tocou na íntegra Operation: Mindcrime, com algumas encenações e momentos mais teatrais da parte do vocalista, Geoff Tate, o que conferiu uma força surpreendente ao espectáculo, que ficou registado em CD e DVD. A única nota menos positiva, tanto para Mindcrime como para Livecrime, vai para a produção. Apesar de toda a sua grandiosidade, ao ouvirmos quer um quer outro álbum, não deixamos de ficar com a sensação de que o som poderia ter sido mais bem regulado. No entanto, não é por aí que deixam de ser dois álbuns excelentes.

terça-feira, abril 11, 2006

Álbuns de topo • Def Leppard - Hysteria

Mais de 17 milhões de cópias vendidas desde o seu lançamento, em 1987. O álbum que consagrou definitivamente os Def Leppard nos anos 80 como super-banda de hard-rock. Mas não é apenas por esta razão que o incluo na minha lista de álbuns indispensáveis. Hysteria, pode-se dizer, marcou uma geração. Mesmo que não se goste da música dos Def Leppard, é pouco provável que nunca se tenha ouvido temas como Pour Some Sugar On Me (presente na banda sonora do filme Coyote Bar) ou a grande balada Love Bites. Depois, é bom recordar que este álbum marcou também uma tomada de posição da banda em seguir em frente após um duro revés na sua carreira numa altura em que estavam em clara ascenção (o baterista havia sofrido um acidente de automóvel no qual perdera o braço esquerdo e a luta para voltar a tocar foi difícil). O resultado da sua perserverança foi um álbum com 12 faixas de puro hard-rock, com um som extremamente poderoso (vénia também ao produtor, "O" produtor, John 'Mutt' Lange), das quais 7 foram singles. Um álbum que ainda hoje surpreende pela criatividade e originalidade de certos trechos, onde se destaca o trabalho da dupla de guitarristas, Phil Collen e o falecido Steve Clark. Até hoje, para muitas pessoas, o melhor álbum dos Def Leppard. Tinha de constar da lista =)

Álbuns de topo • Pink Floyd - The Wall

Um dos melhores álbuns dos Pink Floyd, com Roger Waters num dos seus momentos mais inspirados. Para além da forte mensagem presente nas letras (fruto de todas as angústias e sentimentos de Waters na altura) e de uma produção musical como só os Floyd faziam naquela época (1979), os próprios desenhos no interior da capa, da autoria de Gerald Scarfe, conferem um carácter ainda mais intenso à obra. Como qualquer álbum conceptual que se preze, o fio condutor de toda a história reflecte-se na sequência de músicas, praticamente sem pausas, com ligações de uma para outra que ainda hoje surpreendem (diga-se de passagem, uma marca típica desta banda). O álbum teve direito a um filme próprio em 1982 (Pink Floyd The Wall, disponível em DVD), algo pesado, que nos ajuda a perceber melhor todo o enredo, tendo Bob Geldof na interpretação da personagem principal da história, o angustiado artista de rock, Pinky.
The Wall lançou ainda um dos espectáculos mais conhecidos no mundo da música. Na tournée de promoção ao álbum, os Pink Floyd levaram aos palcos um muro com dezenas de metros de comprimento que ia sendo construído até meio do espectáculo, com os mais variados efeitos especiais à mistura, sendo deitado abaixo na última música. De referir ainda que são inúmeras as mensagens escondidas presentes ao longo do álbum.
Falta dizer que The Wall inclui 4 dos temas mais conhecidos dos Floyd: Another Brick in The Wall (Pt. 2), Hey You, Run Like Hell e Comfortably Numb que, segundo alguns fãs, inclui o melhor solo de sempre de David Gilmour. Indispensável ouvir pelo menos uma vez.

ROCK BLOG - The beginning

O propósito deste blog é apenas tentar divulgar algumas daquelas que, para mim, foram das melhores obras que se fizeram no mundo do Rock. Tento com isto, enquanto fã, divulgar de certa forma os trabalhos das minhas bandas de eleição, ou mesmo de outras que, não sendo de eleição, mereçam uma referência pela qualidade das suas criações.
O que aqui verão serão apenas as minhas opiniões pessoais. Não sou nenhum profissional do ramo. Quem quiser é livre de elogiar, criticar, comentar, sugerir ou simplesmente ignorar. O principal objectivo é a divulgação de algumas bandas menos conhecidas e o louvor a outras já mais que consagradas. Dito isto, enjoy =)