¤¤¤ ROCK BLOG ¤¤¤

domingo, abril 23, 2006

Álbuns de topo • Marillion - Misplaced Childhood


Do you remember chalk hearts melting on a playground wall?
Do you remember dawn escapes from moon washed college halls?
Do you remember the cherry blossom in the market square?
Do you remember I thought it was confetti in our hair?

Com estes versos começa uma das músicas mais tocadas dos anos 80. Estou a falar de Kayleigh, o single mais conhecido dos Marillion, presente em Misplaced Childhood. Estávamos em 1985 quando esta banda de rock progressivo, com as suas influências em bandas como os Genesis, entre outros, lançou o seu terceiro álbum, de onde sairia, para além do já referido Kayleigh, o tema Lavender. Se nos álbuns anteriores vinhamos sendo habituados a uma combinação entre algumas músicas com uma duração "normal" de 3-5 minutos e outras para cima de 8 minutos (sem dúvida, aquelas em que a faceta progressiva era mais patente), sem qualquer relação entre si a nível musica, em Misplaced Childhood temos cerca de 45 minutos que poderiam ser divididos, sem dificuldade, em apenas 3 músicas. Porquê? Porque no álbum todo temos apenas 3 momentos de interrupção na música. De resto, as 12 faixas estão ficam ligadas de tal forma que, por vezes, mal notamos a passagem de umas para outras.
Quem conhece esta primeira era dos Marillion está, certamente, familiarizado com as letras do vocalista Fish (Derek William Dick, de seu nome verdadeiro). Em Misplaced Childhood temos uma vez mais a complicada, porém espantosa, poesia de Derek em acção. Os jogos de palavras, o uso de termos mais complicados, as referências, por vezes eruditas, a elementos que só conseguimos entender com uma pesquisa algo detalhada, e a crítica social têm uma forte presença neste álbum, à semelhança do que acontecia em algumas músicas dos álbuns anteriores.
Com esta terceira entrada no seu catálogo, os Marillion conseguiram, por um lado, uma maior atenção por parte das rádios (devido a Kayleigh) e, por outro, uma das suas melhores obras conceptuais. Não sendo, se calhar, um álbum que entre à primeira, para pessoas menos habituadas a este tipo de música, merece sem dúvida ser ouvido mais que uma vez para poder ser apreciado na sua totalidade.

2 Comments:

  • At 9:04 da tarde, abril 28, 2006, Anonymous Anónimo said…

    Ofereceram-me esse album há algum tempo e é sem duvida uma das cenas mais fixes que já ouvi.
    Não tenho grande conhecimento de todo o trabalho deles, mas fiquei deveras impressionado com este disco.
    A ver se me inteiro mais do trabalho dos gajos, porque se for tudo como este...vale bem a pena!
    Adorei o conceito que usaram até para a simples criação da capa!
    Rock on!
    Frank

     
  • At 12:20 da tarde, junho 08, 2006, Blogger ... said…

    É fabuloso!
    Devias ouvir o "Brave" deles, já com o novo vocalista.
    Mesmo muito bom.

     

Enviar um comentário

<< Home